Ele faz parte de uma lembrança muito bonita da minha infância. Lembro dos domingos a noite, quando eu ficava ansiosa na frente da TV, esperando aquela abertura que eu simplesmente amava. Em geral, as 7 horas da noite, rolava uma merenda lá em casa, daí que esse lembrança é completamente feliz, porque também remete à figura da minha vó-mãe Bibi me trazendo comidinha.
Mussa era um artista completo, cantava, atuava, dava uns passos loucos, enfim..Mussum forevis. É por isso que ainda hoje ele nos encanta. Neste 29 de julho somam 19 anos sem sua presença aqui na terra. Deus o tenha na sua infinita alegria.
(Wikipédia). Mussum, nome artístico de Antônio Carlos
Bernardes Gomes (Rio de Janeiro, 7 de abril de 1941 — São Paulo, 29 de julho de
1994), foi um músico, humorista, ator e comediante brasileiro.
Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha,
no Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos
num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico.
Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo
tempo em que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música
Brasileira de Carlos Machado. Foi músico e sambista, com amigos fundou o grupo
Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve
vários sucessos, as coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares
na TV, nos anos 1970, e se apresentaram em diversos países.
Antes, nos anos 1960, é convidado a participar de um show de
televisão, como humorista. De início recusa o convite, justificando-se com a
afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de
homem. Finalmente estreia no programa humorístico Bairro Feliz (TV Globo,
1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o
apelido de Mussum, que origina-se de um peixe teleósteo sul-americano
(escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações estranhas).
Em 19693 , o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o vê
numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convida para integrar o
grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, recusa; entretanto,
o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) consegue convencê-lo, e Mussum passa a
integrar o quarteto (que na época ainda era um trio, pois Zacarias entrou no
grupo depois) que terminaria tornando-o muito famoso em todo o país. Mussum era
o único dos quatro Trapalhões oficiais que era afro-brasileiro (Jorge Lafond e
Tião Macalé, apesar de também afro-descendentes e atuarem em vários quadros com
o grupo, durante vários anos, eram coadjuvantes).
Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o
sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os
Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado
discos com Os Trapalhões e até três álbuns solo dedicados ao samba.
Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira
de Mangueira, todos os anos sua figura pontificava durante os desfiles da
escola, no meio da Ala de baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa
paixão veio o apelido "Mumu da Mangueira". Também era rubro-negro
fanático.
O Trapalhão Mussum- Mussum foi considerado por muitos o mais
engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de
falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a
palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável
"mé" (que era sua gíria para cachaça).
O personagem que vivia no programa Os Trapalhões tinha como
característica principal o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial
a cachaça.
Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua
condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero
morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre
bebidas alcoólicas.
Também criou outras frases hilariantes, que se popularizaram
rapidamente, como "eu vou me pirulitazis (pirulitar)", quando fugia de
uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampola", pedindo cerveja, ou
"casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma
cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta", pedindo
fiado.
Seu personagem constantemente brincava com os outros membros
do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos ( Didi Mocó era chamado de
"cardeal" ou "jabá" ou Zacarias era chamado de
"mineirinho de Sete Lagoas"). Também era alvo de gozações por parte
dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como "cromado",
"azulão", "grande pássaro" entre outros, sempre ficando
evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente
de amizade entre os quatro, uma vez que, na maioria dos quadros do programa de
TV, os Trapalhões eram sempre quatro amigos que dividiam uma casa ou
apartamento, sendo normal, portanto, que eles constantemente dirigissem
gozações e criassem apelidos entre si.
Mussum morreu em 29 de julho de 1994, aos 53 anos, não
resistindo a um transplante de coração, e foi sepultado em São Paulo. Deixou um
legado de 27 filmes com Os Trapalhões, além de mais de vinte anos de
participações televisivas.