sexta-feira, 27 de maio de 2011

II ENCONTRO DE JORNALISTAS DO NORTE

Caros,

Na próxima semana, terça e quarta, estarei em Porto Velho, a convite da Fundação Banco do Brasil, onde ao lado de profissionais dos estados da região Norte, participarei da segunda edição do Encontro de Jornalistas do Norte.

A primeira edição aconteceu em Belém e posso dizer, foi um sucesso. Poucas vezes vi um evento com tanta interação, estimulada não só pelos assuntos mas também pela preparada equipe de organização.

A expectativa, claro, é que este seja ainda mais proveitoso. Por isso vou tentar ao máximo possível trazer as últimas em tempo real. Interessados no assunto poderão acompanhar pelo blog, o que se estará debatendo em Rondônia.


Dêem só uma olhada na programação:

II ENCONTRO DE JORNALISTAS DO NORTE

29 A 31 DE MAIO DE 2011 - PORTO VELHO/ RO
TEMA: “Amazônia, Comunicação e Tecnologia Social: Interação e Sustentabilidade ”
PROGRAMAÇÃO
Domingo (29/05)

Apresentação do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social
- Palestrantes
- Jornalistas Convidados

Segunda-feira (30/05)
9h – Abertura Oficial do II Encontro de Jornalistas do Norte
- Jorge Streit, presidente da Fundação BB
- Claiton Mello, gerente de comunicação da FBB
- Representante Banco do Brasil
- Confúcio Ayres Moura, Governador de Rondônia
- Roberto Sobrinho, Prefeito de Porto Velho
10h - “A Amazônia e os Recursos Hídricos”
- Representante da UDS BB “ Programa Água Brasil”
- Jorge Streit, presidente da Fundação BB “Tecnologia Social: estratégia para o
desenvolvimento”
- Representante da ANA (Agência Nacional de Águas)
14h – Visitação “Produção Agroecológica Integrada e Sustentável – Pais”. Presença de Técnicos
locais e da Fundação BB.
18h – Retorno ao Hotel


Terça-feira (31/05)
9h – Palestra e Debate “Políticas públicas e Tecnologias Sociais para a Amazônia”
– Representante Fundo Amazônia BNDES
- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Tecnologia Social finalista do Prêmio 2009)
- Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)
10h30 – Café
11h – Mesa Rendonda “Jornalismo e Sustentabilidade”
- José Carlos Sá – editor Blog Banzeiros
- Altino Machado, editor do Blog da Amazônia
- Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal
- Mary Allegretti, antropóloga colaboradora do portal Globo Amazônia

15h - Encerramento

terça-feira, 24 de maio de 2011

Casal é assassinado em assentamento em Nova Ipixuna

Gente vejam até onde vai a ganância de alguns. Um casal foi assasinado em um assentamento em Nova Ipixuna, provalvelmente por causa das denúncias que vinha fazendo a respeito da exploração de madeiras nobres na área que é um Projeto Agroextrativista.

Uma equipe formada por policias civis e militares de Nova Ipixuna, Jacundá e Marabá se deslocou na manhã de hoje, junto com peritos do IML de Marabá, sob a coordenação do delegado Marcos Cruz, que responde pelas delegacias de jacundá e Nova Ipixuna, para o local do assassinato para iniciar o levantamento da situação.




Líderes de Projeto Extrativista são assassinados em Nova Ipixuna, PA
Fonte: Assessoria de Comunicação CNS



Maria do Espírito Santo da Silva e José Claudio Ribeiro da Silva, líderes do Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, foram assassinados na manhã desta terça feira (24), a 50 km do município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará, na comunidade de Maçaranduba.

As ameaças contra a vida do casal de extrativistas começaram por volta de 2008. Segundo familiares, desconhecidos rondavam a casa de Maria e José Cláudio, geralmente à noite, disparando tiros para o alto. Algumas vezes, chegaram a alvejar animais da propriedade do casal. O momento das intimidações coincidiu com a denúncia dos líderes extrativistas contra madeireiros da região, que constantemente avançam na área do PAEX, para extrair espécies madeireiras como castanheira, angelim e jatobá.

Para Atanagildo Matos, Diretor da Regional Belém do CNS, a morte de José Cláudio e Maria da Silva é uma perda irreparável. “Eles nos deixam uma lição, que é o ideal dos extrativistas da Amazônia: permitir que o ‘povo da floresta’ possa viver com qualidade, de forma sustentável com o meio ambiente”, diz Matos. “Já estamos em contato com o Ministério Público Federal, Polícia Federal e outras instituições. Apoiaremos fortemente as investigações, para que esse crime não fique impune”, afirma o Diretor do CNS.

Trabalho - Maria e José Cláudio viviam há 24 anos em Nova Ipixuna. Integrantes do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), ONG fundada por Chico Mendes, foram um exemplo para toda a comunidade. Desde que começaram a viver juntos, mostravam que era possível viver em harmonia com a floresta, de forma sustentável. “O terreno deles tinha aproximadamente 20 hectares, mas 80% era área verde preservada”, conta Clara Santos, sobrinha de José Cláudio Silva. “Eles extraíam principalmente óleos de andiroba e castanha, além de outros produtos da floresta para sua subsistência. Graças à iniciativa dos meus tios, atualmente o PAEX Praialta-Piranheira tem um convênio com Laboratório Sócio-Agronômico do Tocantins (LASAT – Universidade Federal do Pará), para produção sustentável de óleos vegetais, para que os moradores possam sustentar-se sem agredir a floresta”, revela Clara.

Assentamento - O Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAEX) Praialta Piranheira situa-se à margem do lago da hidrelétrica de Tucuruí. Foi criado em 1997 e possui atualmente uma área de 22 mil hectares, onde encontram-se aproximadamente 500 famílias. Além do óleos vegetais, o açaí e o cupuaçu, frutas típicas da região, garantem a renda de muitas famílias.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A senadora Marinor e o deputado Bolsonaro

PSOL representa ação contra Jair Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

Fonte: Mandato da senadora do Pará Marinor Brito (Psol)

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) protocolou representação contra o deputado Jair Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por quebra de decoro parlamentar. A senadora Marinor Brito foi ofendida moralmente, na sua atividade parlamentar em mais uma cena de intolerância, preconceito racial e homofobia protagonizada pelo deputado.

“Todos devem ser respeitados. E eu fui desrespeitada por aquele deputado, que me causou constrangimento perante dezenas de pessoas”, explicou Marinor Brito. A senadora se refere ao fato que ao final da reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado, quando se votava o Projeto de Lei 122/2006, que criminaliza a homofobia, Bolsonaro a ofendeu ao dizer, entre outras citações, que ela era “heterofóbica”. Marinor informou que entrará com ação penal contra Bolsonaro por danos morais e injúria, com pedido de reparação e penalização criminal e civil.

Para o líder do PSOL, deputado Chico Alencar, Bolsonaro ofende a sociedade ao propagar o preconceito e a violência contra a comunidade LGBT e divulgar um folheto com nove mentiras sobre o plano nacional de cidadania LGBT. “Liberdade de opinião não pode ser confundida com liberdade de agressão”.

O presidente do Partido, Afrânio Boppré, disse ainda que o PSOL luta e combate todo tipo de preconceito, principalmente em defesa das minorias. Ele informou que, segundo o presidente do Conselho, José Carlos Araújo, existem outros oito processos contra Bolsonaro tramitando na Casa.

Além da militância e da senadora Marinor Brito, o deputado Chico Alencar e de Afrânio Boppré, também estavam presentes à entrega o senador Randolfe Rodrigues e os deputados Ivan Valente e Jean Wyllys.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Marinor Brito, senadora do Pará é destratada por Jair Bolsonaro

‘Tu deveria ir pra cadeia’, diz senadora a Bolsonaro no Congresso


Robson Bonin Do G1, em Brasília
Foto: Marcia Kalume/Agência Senado




Terminou em confusão nesta quinta-feira (12) a reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado que discutiu o projeto que prevê punições para discriminação de homossexuais.

O impasse na comissão em torno da matéria fez com que a relatora, Marta Suplicy (PT-SP), retirasse a proposta da pauta para ampliar o debate com setores contrários ao texto.

Presente à reunião, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), crítico das causas homossexuais, tentou exibir um panfleto “antigay” atrás da senadora Marta Suplicy (PT-SP) durante a entrevista que a parlamentar, relatora da matéria, concedia no corredor das comissões do Senado.

A atitude de Bolsonaro irritou a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), que iniciou a confusão dando um tapa nas mãos do deputado do PP, na tentativa de arrancar o panfleto exibido por ele.

“Tira isso daqui, rapaz. Me respeita!”, advertiu Marinor, batendo no panfleto de Bolsonaro. “Bata no meu aqui. Vai me bater?”, respondeu Bolsonaro. “Eu bato! Vai me bater?”, rebateu Marinor. “Depois dizem que não tem homofóbico aqui. Tu és homofóbico. Tu deveria ir pra cadeia! Tu deveria ir pra cadeia! Tira isso daqui. Homofóbico, criminoso, criminoso, tira isso daqui, respeita!”, prosseguiu a senadora do PSOL.

O deputado afirmou que irá sugerir a elaboração de um projeto para aplicar punições para discriminação de heterossexuais e ainda provocou Marinor.
“Ela [Marinor] não pode ver um heterossexual perto dela que sai batendo. Ela não pode ver um macho que fica louca. Tem que ter um projeto para criminalizar o preconceito hetero.”

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Direto do blog do Edir Veiga, o Bilhetim, sobre a divisão do Pará

Pará: critérios para o esquartejamento

1- Viabilidade econômica da micro-região? então todo o sul e sudeste deve ser esquartejado?


2- Pobreza, pela falta de investimento do governo estadual? então todo o norte, nordeste e centro-oeste devem ser esquartejados?


3- Quantidade de municípios? então todo o sudeste deve ser esquartejado?


4- Aumentar o peso da amazônia no congresso nacional? então Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima devem ser esquartejados imediatamente para gerarem novos deputados e senadores?


5- Ahhh, porque os EUA tem 50 estados- e daí, quem falou que tudo que é bom para os americanos é bom para o Brasil?


Francamente: o critério estratégico para que um estado(unidade subnacional) venha a ser o mais independente possível, estrategicamente, e maior possibilidades de enriquecimento venha a auferir, é produzindo de forma diversificada, e o Pará tem no solo, sua maior riqueza, quanto maior, melhor chance de se tornar auto-suficiente. Quanto maior mais poderoso.

O que o Pará precisa produzir é uma elite política e econômica, republicana. Mas para chegarmos a este objetivo só com: legislação penal dura contra o crime do colarinho branco e contra políticos corruptos e uma distribuição de renda que dignifique a vida dos habitantes de nosso estado, acompanhado de uma revolução na educação. E esta é uma tarefa centenária.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ascom do Hospital Bettina Ferro seleciona bolsista de jornalismo

Estudantes de jornalismo que estejam cursando entre o 3º e o 5º semestre podem se candidatar a vaga de bolsista para atuar na Assessoria de Comunicação do Hospital Bettina Ferro.

O horário de trabalho é vespertino. Das 14h às 18h.

A seleção consta de análise currícular, entrevista e conteúdo textual.

Interessados devem enviar currículo até o dia 20 de maio, sexta-feira, às 12h, para o e-mail: secdachubfs@ufpa.br

sábado, 7 de maio de 2011

Você sabe quem vai decidir sobre a divisão do Pará?

Justiça irá definir regiões que devem ser consultadas sobre a divisão do Pará
Constituição deixa brechas sobre quem deve ser consultado no plebiscito

Fonte: Agência Norte de Notícias

A aprovação dos projetos de decreto legislativo que autorizam a realização de plebiscitos sobre a divisão do Estado do Pará deixou uma dúvida fundamental sem resposta. Quem deve ser consultado no plebiscito: toda a população do Pará ou somente os eleitores das regiões que podem ser desmembradas?

Por enquanto, esse questionamento está sem resposta. Tanto o projeto de plebiscito do Carajás quanto a Constituição Federal têm brechas que permitem as duas interpretações. Poderá caber à Justiça definir esse impasse.

Ao contrário do projeto de plebiscito para a criação do Estado do Tapajós, que deixa clara a consulta em todo Estado, o que trata do plebiscito do Carajás diz somente que 'será consultada a população de acordo com § 3º do art. 18 da Constituição Federal'.

O texto enuncia que será consultada a população diretamente interessada. O mesmo artigo trata da fusão, incorporação e criação de novos municípios, e nesse caso, o constituinte define que será consultada toda a população do município. São essas brechas que alimentam o argumento de que o plebiscito pode ocorrer somente no Estado a ser desmembrado.

Uma vez que nunca foi criada uma nova Unidade Federativa após a Constituição de 1988, se for reproduzir esse mesmo texto do município para o novo Estado, pode-se interpretar que somente a população que pode se emancipar é a interessada e que deverá ser consultada.

Para o ex-deputado e constituinte Gerson Peres (PP), que em 1988 encaminhou a votação o projeto do ex-deputado Paulo Roberto para a criação do Estado do Tapajós, junto com o de Tocantins, essa interpretação não tem embasamento.

'População interessada é todo o Estado. Trata-se da maioria absoluta. A soma do eleitorado da população do sul do Pará tem maioria absoluta? Não. A soma do eleitorado do Baixo-Amazonas tem maioria absoluta? Não. A soma das duas populações tem maioria? Não tem. Quem tem a maioria é a população do Estado do Pará. Pode ter outra interpretação, mas o texto está claro. O constituinte coloca aqui que os Estados podem se fundir e se separar. Mas para isso as duas populações têm que estar de acordo. Para se fundir com outro Estado tem que ouvir as duas populações, para desmembrar parte de si mesmo, não pode ouvir só a parte. Isso é lógica', explicou.

O atual chefe da Casa Civil do governo do Pará, deputado Zenaldo Coutinho (PSDB), que se posiciona contra a divisão do Estado, classifica como 'golpe' a tentativa de levar o plebiscito somente para a região que pleiteia a separação.

'Não há dúvida de que quem tem que ser ouvida é toda a população do Pará, com base no dispositivo constitucional e na lei complementar que regula os plebiscitos. Qualquer interpretação diferente disso é golpe, armadilha, molecagem, irresponsabilidade que serão rechaçadas da maneira mais veemente possível, democraticamente', diz o tucano, afirmando que a intenção dos separatistas é levar o caso para a Justiça.

'Segundo soube de uma liderança do sul do Estado, nós teríamos aí, ainda, um golpe sendo preparado, que seria tentarem, por via judicial, que o plebiscito ocorresse apenas nas áreas que querem se emancipar. O que eu tenho certeza que não será conseguido pela via judicial', completa.

Principal articulador para a aprovação dos projetos de plebiscito no Congresso, o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) avalia que caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) essa decisão.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E vão passar a tesoura no Pará

Galera, agora a separação do nosso estado está em dias de acontecer.

vejam a decisão em Brasília.


Câmara aprova plebiscito sobre criação dos estados de Tapajós e Carajás
Fonte: Site da Câmra Federal

O Plenário aprovou nesta quinta-feira dois projetos de decreto legislativo que autorizam a convocação e a realização de plebiscitos sobre a divisão do Pará e a criação de dois novos estados: Tapajós e Carajás (veja ilustração ao lado). Os textos aprovados determinam que as consultas públicas deverão ocorrer dentro do prazo de seis meses após a publicação dos decretos autorizativos.

A primeira proposta (PDC 731/00), que trata do plebiscito para a criação do estado de Tapajós, deverá retornar ao Senado por ter sido alterada na Câmara. O texto aprovado é o substitutivo da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, apresentado pelo relator, deputado licenciado Asdrubal Bentes (PMDB-PA).

Em plenário, a matéria foi relatada pelo deputado Wandenkolk Gonçalves (PMDB-PA). Segundo o parecer, a proposta precisou ser modificada para incorporar vários municípios criados ao longo do tempo em que a proposta tramitou no Congresso. Houve ainda alterações para tornar mais claros os procedimentos a serem adotados caso o plebiscito seja aprovado pela população.

O texto aprovado determina que no prazo de dois meses, contado da proclamação do resultado do plebiscito e se este for favorável à criação do novo estado do Tapajós, a Assembleia Legislativa do Pará deverá se manifestar sobre a medida, devendo dar conhecimento da decisão ao Congresso Nacional em três dias úteis.
O estado de Tapajós, se aprovado, terá 27 municípios e corresponderá a 58% do atual território paraense, na região oeste.

Carajás

A segunda proposta aprovada (PDC 2300/09), que prevê a realização de plebiscito para a criação do estado de Carajás, não foi alterada na Câmara e segue para a promulgação. Em plenário, a matéria foi relatada pelo deputado João Campos (PSDB-GO).

Caso seja aprovado, o novo estado de Carajás terá 39 municípios e ocupará uma área equivalente a cerca de 25% das regiões Sul e Sudeste do território atual do Pará.
Segundo a Constituição, os estados podem incorporar-se, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros ou formar novos estados ou territórios federais mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.